Reflexões Internacionais sobre as Características Decolonizadoras do Programa Etnomatemática

Autores

DOI:

10.37618/PARADIGMA.1011-2251.2025.e2025014.id1604

Palavras-chave:

Características Decolonizadoras, Decolonização, Etnomatemática, Glocalização, Reflexões

Resumo

Uma tendência comum em Educação Matemática é valorizar e respeitar os saberes e fazeres matemáticos locais em seu paradigma de pesquisas, que é um dos objetivos de processos decolonizadores. Assim, para melhor compreender como a etnomatemática se relaciona com a perspectiva decolonial do conhecimento matemático eurocêntrico, esse estudo objetivou compreender as reflexões de 12 participantes, que são investigadores brasileiros e internacionais, sobre essa relação, por meio da elaboração de categorias analíticas para um entendimento holístico desse fenômeno. Os resultados desta pesquisa qualitativa mostram que o processo decolonizador desencadeado pela Etnomatemática evoca um distúrbio que causa uma revisão de normas e regulamentos no processo de ensino e aprendizagem em Matemática ao propor um diálogo decolonizador do conhecimento matemático.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Milton Rosa, Universidade Federal de Ouro Preto

Doutor em Educação. California State University, Sacramento (CSUS). Professor Adjunto III. Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Professor Adjunto III, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil. Rua Pref. José de Castro, 32, Apto. 101, Nossa Senhora de Lourdes, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil, CEP: 35404-510.

Daniel Clark Orey, Universidade Federal de Ouro Preto

Doutor em Educação e Educação Multicultural. California State University, Sacramento (CSUS). Professor Adjunto III. Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Professor Adjunto III, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil. Rua Pref. José de Castro, 32, Apto. 101, Nossa Senhora de Lourdes, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil, CEP: 35404-510.

Referências

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Tradução de Luís Arturo Reto e Augusto Pinheiro. São Paulo, SP: Edições 70, 1977.

BAUER, M.; GASKELL G. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2002.

BERRY, J. W. On cross-cultural comparability. International Journal of Psychology, v. 4, p. 119-128, 1969.

BISHOP, A. J. Western mathematics: the secret weapon of cultural imperialism. Race & Class, v. 32, n. 2, p. 51-65, 1990.

BOURDIEU, P.; WACQUANT, L. J. D. An invitation of reflexive sociology. Chicago, IL: University of Chicago, 1992.

BRANDES, G. M.; KELLY, D. M. Teaching for social justice: teachers inquire into their practice. Educational Insights, v. 8, n. 3, p. 1-7, 2004.

CANCLINI, N. G. Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. São Paulo, SP: UNESP, 2011.

CORTES, D. P. O. Re-significando os conceitos de função: um estudo misto para entender as contribuições da abordagem dialógica da etnomatemática. Dissertação de Mestrado Profissional em Educação Matemática. Departamento de Educação Matemática. Ouro Preto, MG: Universidade Federal de Ouro Preto, 2017.

D’AMBROSIO, U. Etnomatemática: arte ou técnica de explicar e conhecer. São Paulo, SP: Editora Ática, 1990.

D’AMBROSIO, U. Etnomatemática, justiça social e sustentabilidade. Estudos Avançados, v. 32, n. 94, p. 189-194, 2018.

D’Ambrosio, U.; D’Ambrosio, B. S. The role of ethnomathematics in curricular leadership in mathematics education. Journal of Mathematics Education at Teachers College, v. 4, p. 19-25, 2013.

DEHLER, G. E.; WELSH R. W. Problematizing deviance in contemporary organizations: a critical perspective. Stamford, CT: JAI Press, 1998.

EGLASH, R., BENNETT, A., O’DONNELL, C., JENNINGS, S.; CINTORINO, M. Culturally situated designed tools: ethnocomputing from field site to classroom. American Anthropologist, v. 108, n. 2, 347-362, 2006.

GIULIANOTTI, R., ROBERTSON, R. Recovering the social: globalization, football, and transnationalism. Global Networks, v. 7, n. 2, p. 144–186, 2007.

GUDYKUNST, W. B. Cultural variability in communication. Communication Research, v. 24, n 4, p. 327-348, 1997.

HARRIS, M. The epistemology of cultural materialism. In: HARRIS, M. (Ed.). Cultural materialism: the struggle for a science of culture. New York, NY: Random House, 1980. pp. 29-45.

HEADLAND, T. N., PIKE, K. L.; MARVIN, H. Emics and etics: the insider/outsider debate. Newbury Park, CA: Sage Publications, 1990.

HUTCHINSON S. A. Responsible subversion: a study of rule-bending among nurses. Scholarly Inquiry for Nursing Practice, v. 4, n. 1, p. 3-17, 1990.

ISEKE-BARNES, J. M. Ethnomathematics and language in decolonizing mathematics. Race, Gender & Class in Education, v. 7, n, 3, p. 133–149, 2000.

ISER, W. On translatability. Surfaces, v. 4307, p. 5-13, 1994.

LAENUI P. Processes of decolonization. In: BATTISTE M. A. (Ed.). Reclaiming Indigenous voice and vision. Vancouver, Canada: UBC Press, 2000. pp. 150-160.

LYMAN, L. L., ASHBY, D. E.; TRIPSES, J. S. Leaders who dare: pushing the boundaries. Lanham, MD: Rowman & Littlefield Education, 2005.

MARZANO, R. J., WATERS, T.; MCNULTY, B. A. School leadership that works: from research to results. Alexandria, VA: Association for Supervision and Curriculum Developments, 2005.

PATTON, M. Q. Qualitative research and evaluation methods. 3rd Edition. Thousand Oaks, CA: Sage Publications, 2002.

PELTO, P. J.; PELTO, G. H. Anthropological research: the structure of inquiry. New York, NY: Cambridge University Press, 1978.

ROBERTSON, R. Globalization: social theory and global culture. London, England: Sage Publications, 1992.

ROBERTSON, R. Glocalization: time-space and homogeneity-heterogeneity. In: FEATHERSTONE, M. (Ed.). Global modernities. London, England: Sage, 1995. pp. 25-44.

ROBINS K. Tradition and translation: national culture in its global context. In: CORNER J.; HARVEY S. (Orgs.). Enterprise and heritage: crosscurrents of national culture. Londres, England: Routledge, 1991. pp.21-45.

ROSA, M. A mixed-methods study to understand the perceptions of high school leaders about English Language Learners (ELL) students: the case of Mathematics. Doctorate dissertation in Education (Educational Leadership). College of Education, California . Sacramento, California: California State University, Sacramento (CSUS), 2010.

ROSA, M.; OREY, D. C. Ethnomodelling: an ethnomathematical holistic tool. Academic Exchange Quarterly, v. 14, n. 3, p. 191-195, 2010.

ROSA, M.; OREY, D. C. O campo de pesquisa em etnomatemática: as abordagens êmica, ética e dialética. Educação e Pesquisa, v. 38, n. 4, 865-879, 2012.

ROSA, M.; OREY, D. C. Evidence of creative insubordination in the research of pedagogical action of ethnomathematics program. In: D’AMBROSIO, B. S.; LOPES, C. E. (Orgs.). Creative insubordination in Brazilian mathematics education research. Raleigh, NC: Lulu Press, 2015a. pp. 131-146

ROSA, M.; OREY, D. C. Three approaches in the research field of ethnomodelling: emic (local), etic (global), and dialogical (glocal). Revista Latinoamericana de Etnomatemática, v. 8, n. 2, p. 364-380, 2015b.

ROSA, M.; OREY, D. C. Etnomodelagem: a arte de traduzir práticas matemáticas locais. São Paulo, SP: Editora Livraria da Física, 2017

ROSA, M.; OREY, D. C. Etnomodelación como un proceso de glocalización y decolonización. Revista Venezolana de Investigación en Educación Matemática - REVIEM, v. 4, n. 2, p. 1-23, 2024

WALKER, M. Race is nowhere, and race is everywhere: narratives from black and white South African university students in post-apartheid. South Africa: British Journal of Sociology of Education, v. 26, n. 1, p. 41‒54, 2005.

Downloads

Publicado

2025-01-20

Métricas


Visualizações do artigo: 43     PDF downloads: 27

Como Citar

Rosa, M., & Orey, D. C. (2025). Reflexões Internacionais sobre as Características Decolonizadoras do Programa Etnomatemática. PARADIGMA, 46(1), e2025014. https://doi.org/10.37618/PARADIGMA.1011-2251.2025.e2025014.id1604

Edição

Seção

Artículos