APRESENTAÇÃO

Resumo

Historicamente identificamos que desde a segunda metade do século XIX já aparecem diversas argumentações anunciadas por matemáticos, filósofos, historiadores, físicos, antropólogos, sociólogos, pedagogos e professores de matemática, que destacavam potencialidades e funções didáticas para a História da Matemática, no sentido de ser tomada como instrumento que favorecesse a compreensão dos fundamentos e métodos matemáticos e de seu ensino, tendo em vista a superação das dificuldades encontradas por professores no ensino de conceitos, e melhor conduzir o alcance da aprendizagem dos estudantes em cada nível escolar.            Um exemplo desse tipo de reflexão é materializado nas palavras de Bell (1985)[1], quando assevera que as matemáticas se constituem em um exemplo ímpar do fato de que nenhum conhecimento tem tanta perda qualitativa quando é investigado, estudado ou ensinado de forma isolada de sua história. Isto porque, conforme também adverte Urbaneja (2004)[2], as informações históricas se constituem em fonte de inspiração, autoformação e orientação na atividade docente e ao revelar a dimensão cultural da Matemática, o legado histórico permite enriquecer seu ensino e sua integração no conjunto dos saberes científicos, artísticos e humanísticos que constituem a cultura humana.Durante o século XX esse tema fez parte do foco de discussões e debates relativos aos fundamentos e métodos de ensino de matemática e já se inseriu na agenda do século XXI, tanto no contexto dos estudos e pesquisas em Matemática e Educação Matemática, quanto na formação de professores que ensinam matemática em todos os níveis escolares.[1] BELL, E.T. (1985). Historia de las Matemáticas. Fondo de Cultura Económica. México.[2] URBANEJA, P. M. G. (2004). La historia de las matemáticas como recurso didáctico e instrumento para enriquecer culturalmente su enseñanza. SUMA. Febrero, pp.17-28.