Explorando as definições de avaliação formativa no ensino de matemática em dissertações e teses brasileiras

Autores/as

DOI:

10.37618/PARADIGMA.1011-2251.2023.p36-62.id1466

Palabras clave:

Avaliação formativa, Definições, Ensino de matemática, Pesquisa exploratória, Teoria fundamentada nos dados

Resumen

O estudo aqui apresentado envolve uma pesquisa exploratória qualitativa das características das definições de avaliação formativa adotadas em teses e dissertações publicadas na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) desde suas primeiras publicações até julho de 2022. O foco está no ensino de matemática e em estudos em que a avaliação formativa não foi apenas mencionada como um tipo de avaliação, mas de fato relevante para a pesquisa. Por meio de uma abordagem de teoria fundamentada na análise de dados (grounded theory), e com o apoio dos instrumentos IAAP and FEITA (Camargo e Oliveira, 2022), conseguimos descobrir quais características são mais comuns nas definições (e.g., apoiar o ensino e a aprendizagem), mas também perceber as que não são mencionadas com tanta frequência (e.g., feedback, autoavaliação). Os dados também evidenciaram quais autores são mais referenciados (e.g., Perrenoud e Hadji) e a variedade de definições adotadas em diferentes estudos. Este estudo também confirma que a avaliação formativa ainda não é uma área de pesquisa muito popular no Brasil, o que foi uma surpresa, considerando que esta abordagem tem sido considerada por muitos como uma das mais baratas e eficazes para melhorar o desempenho dos alunos e a capacidade dos mesmos de aprender. Por ser um artigo de grande abrangência, os resultados fornecem um olhar panorâmico sobre as pesquisas na área de avaliação e educação matemática colaborando com pesquisadores e pesquisas na área.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Deire Lúcia de Oliveira, Universidade de Brasília

Doutora em educação pela Universidade de Brasília, Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal(SEEDF) Grupo de Pesquisas e Investigações em Educação Matemática dgp.cnpq.br/dgp/espelhorh/7722108957672685

Melise Camargo, University Press

Doutora em Educação (PhD in Education) Cambridge University Press and Assessment The Mathematics Education Research Group (MERG) at the University of Cambridge https://www.educ.cam.ac.uk/research/groups/sciencetechnologymaths/maths/   Cambridge, Reino Unido

Citas

ABREU, R. Ensaio da Ferramenta DIA: Diagnóstico e Informação do aluno. 2012. 98 f.:il. Dissertação de mestrado em Ciências Computacionais - Instituto de Matemática e Estatística, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 2012.
BARLOW, M. Avaliação escolar: mitos e realidades. Porto Alegre: Artmed. 2006.
BEE, S. N. K., Kaur, B. Using enhanced feedback to improve the learning of mathematics. The mathematics Educar, 15(2), 101–119. 2014.
BLACK, P. WILLIAM, D. Insidie the Black Box: Raising standards through classroom assessment. London: King's College, School of Education. Phi Della Kappan, 80, 139-147. 1998.
BOUD, D. MOLLOY, E. Rethinking models of feedback for learning: the challenge of design, Assessment & Evaluation in Higher Education, 38: 6, 698-712. 2013.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 1996.
BROOKHART, S. A theoretical framework for the role of classroom assessment in motivating student effort and achievement. Applied Measurement in Education, 10(2), 161–180. 1997.
BROOKHART, S. How to give effective feedback to your students. Alexandria, VA: Association for Supervision and Curriculum Development. 2008.
CAMARGO, M. Surveying mathematics teachers' knowledge of formative assessment: a study of teachers in the Federal District of Brazil. (Doctoral thesis). https://doi.org/10.17863/CAM.26004. 2018
CAMARGO, M; OLIVEIRA, D. L. Produção de instrumentos para análise e para extração de dados de textos acadêmicos. Open Science Research VI, 77, 1097–1115. 2022
DARLING-HAMMOND, L. Powerful learning: What we know about teaching for understanding. John Wiley & Sons. 2015.
EARL, L. Assessment as Learning: Using Classroom Assessment to Maximize Student Learning. Thousand Oaks, CA: Corwin Press, 2003. OECD/CERI. Assessment for Learning - Formative Assessment. International Conference “Learning in the 21st Century: Research, Innovation and Policy”. OECD/CERI: Paris. 2008.
FERNANDES, D. Avaliar para aprender: fundamentos, práticas e políticas. São Paulo: Editora Unesp. 2009.
FIORENTINI, D.; GRANDO, R.; MISKULIN, R.; CRECCI, V.; LIMA, R.; COSTA, M. O professor que ensina matemática como campo de estudo: concepção do projeto de pesquisa. In: Mapeamento da pesquisa acadêmica brasileira sobre o professor que ensina matemática: período 2001 – 2012 / organizadores: Dario Fiorentini; Cármen Lúcia Brancaglion Passos; Rosana Catarina Rodrigues de Lima. - Campinas, SP: FE/UNICAMP. 2016.
GLASER, B. G., STRAUSS, A. L. Discovery of grounded theory: Strategies for qualitative research. AldineTransaction. 1999.
HADJI, C. Avaliação, regras do jogo: das intenções aos instrumentos. Porto: Ed. Porto. 1994.
HATTIE, J. TIMPERLEY, H. The Power of Feedback. Review of Educational Research March, Vol. 77, No. 1, pp. 81-112. 2007.
HATTIE, J. Visible Learning: A Synthesis of Over 800 Meta-Analyses Relating to Achievement (1st ed.). Routledge. 2008.
HAYDT, R. C. Avaliação: conceitos e princípios. In: Avaliação do processo de ensino aprendizagem. São Paulo, Ática S.A, p. 7 -19. 1988.
HEITINK, M., VAN der KLEIJ F. M., VELDKAMP B., SCHILDKAMP K, KIPPERS, B. A systematic review of prerequisites for implementing assessment for learning in classroom practice. Educational research review, 17, p. 50-62, Fevereiro. 2016.
KEARNEY, W. S., WEBB, M., GOLDHORN, J., PETERS, M. L. Examining the impact of critical feedback on learner engagement in secondary mathematics classrooms: A multi-level analysis. AASA Journal of Scholarship and Practice, 10(1), 23–38. 2013.
PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas. 1999.
PINTO, R.; ROCHA, M. A Avaliação Formativa: reflexões sobre o conceito no período de 1999 a 2009. Est. Aval. Educ., São Paulo, v. 22, n. 50, p. 553-576, set./dez. 2011.
RABELO, E. H. Avaliação: novos tempos, novas práticas. Rio de Janeiro: Vozes. 1998.
SADLER, D. Formative assessment and the design of instructional systems, Instructional Science, 18, pp. 119-144. 1989.
SANT'ANNA, I. Por que avaliar? Como avaliar?: Critérios e instrumentos. 7. ed. Vozes. Petrópolis. 2001.
SANTOS, L. Dilemas e desafios da avaliação reguladora. In: Menezes, Luís; Santos, Leonor; Gomes, Helena; Rodrigues, Cátia. (Orgs). Avaliação em matemática: problemas e desafios. Viseu. PT. 2008.
SEDEMACA, E. A Avaliação da Aprendizagem em Processo (AAP) a Serviço da Formação de Formadores: Limites Possibilidades. Trabalho Final. Mestrado Profissional em Educação: Formação de Formadores, PUCSP. 2017.
SHEPARD, L. A. Foreword. In J. H. McMillan (Ed.), Handbook of research on classroom assessment (pp. xix–xxii). London: Sage Publications Ltd. 2013.
STIGGINS, R. Conquering the formative assessment frontier. In J. H. McMillan (Ed.), Formative classroom assessment: Theory into practice (pp. 8–28). New York: Teachers College Press. 2007.
TARAS, M. De volta ao básico: definições e processos de avaliação. Práxis Educativa, v. 5, n. 2, p. 123–130. 2010.
VILLAS BOAS, B. A Avaliação na Escola. Módulo III, PedEaD, Brasília/DF: Universidade de Brasília. 2007.

Descargas

Publicado

31-08-2023

Métricas


Visualizações do artigo: 98     PDF downloads: 71

Cómo citar

Oliveira, D. L. de ., & Camargo, M. . (2023). Explorando as definições de avaliação formativa no ensino de matemática em dissertações e teses brasileiras . PARADIGMA, 44(5), 36–62. https://doi.org/10.37618/PARADIGMA.1011-2251.2023.p36-62.id1466