Uso dos jogos de mesa como ferramenta mediadora da aprendizagem em alunos autistas: uma revisão de literatura

Authors

DOI:

10.37618/PARADIGMA.1011-2251.2023.p01-23.id1368

Keywords:

Gêneros Textuais, Autismo, Aprendizagem, Educação Especial

Abstract

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento que engloba um conjunto de características que se manifestam em conjunto ou isoladamente. Assim, considerando-se as individualidades do aluno autista, o uso dos gêneros textuais instrucionais pode ser um instrumento relevante, visto que esse representa importante mediador entre o mundo real e o indivíduo, e deste com os outros membros de sua sociedade. Portanto, objetivou-se, nesta pesquisa, a busca de estudos que utilizaram jogos de mesa como instrumento mediador para o ensino de alunos com autismo. Trata-se de uma revisão literária caracterizada por meio de pesquisas nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Google Acadêmico e Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), utilizando termos relacionados aos descritores “Transtorno do Espectro Autista”, “Funções psicológicas superiores”, “gênero textual” e “jogos de mesa”. A pesquisa revelou que a presença do jogo no processo de aprendizagem é fundamental para o desenvolvimento psíquico do aluno e que o trabalho com os gêneros textuais representa uma ferramenta promissora para a comunicação e interação entre os indivíduos, favorecendo o desenvolvimento e a inclusão da pessoa com Transtorno do Espectro Autista no ambiente escolar e no ensino superior. 

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Vânia Regina Barbosa Flauzino Machado, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Graduada em Pedagogia na Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Cornélio Procópio (FAFICOP). Mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Doutoran. da em Ensino de Ciência e Tecnologia pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)Membro do grupo de pesquisa: “O ensino e a inclusão de pessoas com deficiência”. Linha de pesquisa: Fundamentos e metodologias para o ensino de ciências e matemática

Sani de Carvalho Rutz da Silva, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)

Graduada em Licenciatura em Matemática pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Mestrado em Matemática aplicada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Doutorado em Ciência dos Materiais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Líder do grupo de pesquisa: “O ensino e a inclusão de pessoas com deficiência” Linhas de pesquisa Fundamentos e metodologias para o ensino de ciências e matemática; Educação Tecnológica; Tecnologias assistivas, Inovação tecnológica e qualidade de vida.

Elsa Midori Shimazaki, Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Graduada em Letras Anglo Portuguesas na Universidade Estadual de Maringá (UEPG). Mestrado em Educação pela Universidade de Campinas (UNICAMP). Doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (USP). Universidade Estadual de Maringá (UEM) Universidade do Oeste Paulista (Unoeste). Membro do grupo de pesquisa: “Educação, linguagem e letramento” Linhas de pesquisa: Ensino, aprendizagem e formação de professores; Políticas públicas em educação, processos formativos e diversidade.

Lucia Virginia Mamcasz-Viginheski, Centro Universitário Guairacá (UniGuairacá)

Graduada em Licenciatura em Matemática pela Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro). Mestrado em Ensino de Ciência e Tecnologia pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Doutorado em Ensino de Ciência e Tecnologia pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Pós-doutoranda em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Centro Universitário Guairacá (UniGuairacá) Membro do grupo de pesquisa: “O ensino e a inclusão de pessoas com deficiência” Linhas de pesquisa: Ensino de Ciências e Níveis de Ensino; Estratégias Interdisciplinares em Inovação e Promoção da Saúde.

References

APA. American Psychiatric Association. DSM-V. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

ARAÚJO, F. Z.; ARAÚJO, M. P. M. Jogos e brincadeiras para crianças autistas: possibilidades nas aulas de educação física. In: Seminário Nacional de Educação Especial 5; Seminário Capixaba De Educação Inclusiva 16. 2018, – Vitória. Anais do Seminário Nacional de Educação Especial. Vitória: Universidade Federal do Espírito Santo, p. 283-299, 2018. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/snee/article/view/23892/16431. Acesso em 05 fev. 2023.

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. Tradução Maria E. Galvão G. Pereira. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

BARROS, E. M. D. Interacionismo instrumental: o gênero como ferramenta mediadora do ensino da língua. ReVEL, v.7, n. 13, p. 1-20, 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/j/delta/a/5DTXd8LkKj93nCkHsGjgMHB/?lang=pt. Acesso em 14 de outubro de 2023.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília, DF: MEC, SEESP, 2001.

COUTO, C. C. Percepção de professores sobre o autismo em alunos pré-escolares e a rede social institucional. Dissertação (Mestrado) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel 2017. Disponível em: https://www.semanticscholar.org/paper/Percep%C3%A7%C3%A3o-de-professores-sobre-o-autismo-em-alunos-Couto/9997ec5b4415022981a8fd92ded73ad5971d4943. Acesso em 14 de outubro de 2023.

ANDRADE, I. C.; BRITO, J. V. A importância do diagnóstico precoce de autismo na educação infantil. Revista Gespevida, n. 18, v.8, 2022. Disponível em: http://www.icepsc.com.br/ojs/index.php/gepesvida/article/view/494. Acesso em 14 de outubro de 2023.

DESSBESEL, R. da S; SILVA, S. de C. R.; SHIMAZAKI, E. M. O processo de ensino e aprendizagem de Matemática para alunos surdos: uma revisão sistemática. Ciência em Educação, v. 24, n. 2, p. 481-500, 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ciedu/a/H8Xgjb6gWX8cVgfMm5nBJGb/abstract/?lang=pt. Acesso em 14 de outubro de 2023.

FERREIRA, A. A. O papel da família no processo de aprendizagem de crianças autistas. Trabalho de Conclusão de Curso (Psicologia) - Faculdade de Educação e Meio Ambiente. Ariquemes, 2021. Disponível em: http://repositorio.faema.edu.br:8000/jspui/handle/123456789/2960. Acesso em 14 de outubro de 2023.

FONSECA, M. E. G. O diagnóstico dos transtornos do espectro do autismo - TEA. Revista APAE. São Paulo: Federação APAE, p. 1-44, 2015. Disponível em:

FRANÇA, G.; PINHO, K. R. Autismo: Tecnologias e formação de professores para a escola pública. George França e Katia Rose Pinho. Palmas: i-Acadêmica, 2020.

FREITAS, M. T. De Vygotsky a Bakhtin, Psicologia e Educação: um intertexto. Editora: Artmed, 2002.

KOCHE, V. S.; MARINELLO, A. F.; BOFF, O. M. B. Os gêneros textuais e a tipologia injuntiva. Caderno Seminal Digital, Rio de Janeiro, v.11, n. 11, 2009. Disponível em: file:///D:/BACKUP%20JAQUELINE%20SANTOS/Dropbox/Documentos/VENDAS%20DE%20TCC/1%20SEMESTRE%202023/TCC%20Warlla/9821-34108-1-PB.pdf. Acesso em 14 de outubro de 2023.

LOPES, A. L. M.; FRACOLLI, L. A. Revisão Sistemática De Literatura E Metassíntese Qualitativa: Considerações Sobre Sua Aplicação Na Pesquisa Em Enfermagem. Texto Contexto Enfermagem, v.17, n.4, p.771-8, 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/j/tce/a/hNWjZ6pFQ3gH8Bfz3nxBCGC/?lang=pt. Acesso em 14 de outubro de 2023.

MACHADO, A. R. A perspectiva Interacionista Sociodiscursiva de Bronckart. In: MEURER, J. F.; BONINI, A.; MOTTA Ruth, D. (org.). Gêneros: teorias, métodos, debates. São Paulo: Parábolas, p. 237-259, 2005.

MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO, Â. P.; MACHADO, A. R.; BEZERRA, M. A. (Org.). Gêneros textuais e ensino. 4 ed. Rio de Janeiro: Lucerna, p.19-36, 2005.

MENOTTI, A. R. S.; DOMENICONI, C.; BENITEZ, P. Atividades aplicadas pelos pais para ensinar leitura para filhos com autismo. Psicologia Escolar Educacional, v. 23, 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pee/a/jnrvYPwgDGgbvb9Fy5SFp8f/?lang=pt. Acesso em 14 de outubro de 2023.

MESSIAS, A. P. C. A educação especial e inclusiva no brasil: revisão bibliográfica. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências e Educação, v.8, n.7, p.1102–1118, 2022. Disponível em: https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/6396. Acesso em 14 de outubro de 2023.

OLIVEIRA, M. K. Vygotsky e o processo de formação de conceitos. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

OLIVEIRA, A. D. de S. Gêneros textuais e práticas sociais: a produção de um jogo didático. Montes Claros: Unimontes, 2015.

OLIVEIRA, M. K. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento – um processo sócio-histórico. 4. ed. São Paulo: Scipione, 2001.

RAMOS, D. K. Jogos cognitivos eletrônicos: contribuições à aprendizagem no contexto escolar. Ciência e Cognição, Rio de Janeiro, v. 18, p. 19-32, 2013. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-58212013000100002. Acesso em 14 de outubro de 2023.

RODRIGUES, O. M. P. R.; MARANHE, E. A. A história da inclusão social e educacional da pessoa com deficiência. In: CAPELLINI, V. L. M. F.; RODRIGUES, O. M. P. R. (org.). Educação inclusiva: fundamentos históricos, conceituais e legais. Bauru: Universidade do Estado de São Paulo, 2012. p. 21-33. Disponível em: file:///D:/BACKUP%20JAQUELINE%20SANTOS/Dropbox/Documentos/VENDAS%20DE%20TCC/1%20SEMESTRE%202023/TCC%20Warlla/234432-103542-1-PB.pdf. Acesso em 14 de outubro de 2023.

ROSA, A. L. T. No comando, a sequência injuntiva! In: DIONÍSIO, Ângela Paiva; BEZERRA, Normanda da Silva. Tecendo textos, construindo experiências. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003.

SHIMAZAKI, E. M.; MENEGASSI, R. J.; AUADA, V. G. C.. O Trabalho com o Gênero Textual História em Quadrinhos com Alunos que Possuem Deficiência Intelectual. Revista Brasileira de Educação Especial, v.24, n.1, p.121-142, 2018. Disponível em: 10.1590/s1413-65382418000100010. Acesso em 14 de outubro de 2023.

SOUZA, E. dos S.; FERRETE, R. B. Práticas educativas de linguagem e inclusão [recurso eletrônico]: estudo de caso de um aluno com transtorno do espectro autista na Educação Profissional e Tecnológica. Formato: e-book, Aracaju, 2020. Disponível em: http://ifs.edu.br/images/EDIFS/ebooks/2020/praticas-educativas-de-linguagem-e-inclusao.pdf. Acesso em 14 de outubro de 2023.

TOSTA, C. G. Vygotski e o desenvolvimento das funções psicológicas superiores. Perspectivas e Psicologia, v. 16, n. 12, p. 57-67, 2017. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/perspectivasempsicologia/article/view/27548. Acesso em 14 de outubro de 2023.

VYGOTSKI, L. S. Obras escogidas V: fundamentos de defectologia. Madri: Visor, 1997.

VYGOTSKI, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. Trad. José Cipolla Neto, Luís Silveira Menna Barreto, Solange Castro Afeche. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. Tradução de Jefferson L. Camargo. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

Published

2023-07-07

Métricas


Visualizações do artigo: 148     PDF (Español (España)) downloads: 70

How to Cite

Machado, V. R. B. F., Silva, S. de C. R. da, Shimazaki, E. M., & Mamcasz-Viginheski, L. V. (2023). Uso dos jogos de mesa como ferramenta mediadora da aprendizagem em alunos autistas: uma revisão de literatura. PARADIGMA, 44(3), 01–23. https://doi.org/10.37618/PARADIGMA.1011-2251.2023.p01-23.id1368