Sentidos em disputa: a educação antirracista frente ao projeto educacional reacionário do MESP e do MBL no Brasil
DOI:
10.37618/PARADIGMA.1011-2251.2023.p347-369.id1508Palavras-chave:
Relações étnico-raciais. Educação antirracista. Movimentos regressivos. MESP e MBL. Políticas Educacionais.Resumo
Este artigo tem como foco discutir criticamente as políticas educacionais e o ensino das relações étnico-raciais em seus diálogos com a dinâmica social no Brasil. Para isto, são trabalhados fundamentos conceituais e teóricos das bases da análise do discurso, dos estudos sobre relações étnico-raciais e de pesquisas sobre as formas de atuação regressiva de supressão de direitos. Discutimos e analisamos criticamente como fundamentos de movimentos regressivos, como o Movimento Escola Sem Partido (MESP) e o Movimento Brasil Livre (MBL), são materializados em textos reproduzidos no material didático, usado nas aulas de História e Geografia, das políticas públicas de Educação do Governo do estado de São Paulo para os anos iniciais do Ensino Fundamental. Pelas análises, percebe-se um encontro entre os discursos de movimentos que propagam um projeto educacional autoritário, como o MESP e o MBL, com as bases discursivas do material didático elaborado pelo governo paulista no que tange a estratégia ideológica de apagar a opacidade da língua para camuflar as disputas existentes pelos sentidos das palavras, das coisas e da própria história no processo educacional.Downloads
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